As empresas de ônibus do transporte público de Campina Grande mantiveram nesta segunda-feira (9) a suspensão das linhas que circulam pelos distritos da cidade, mesmo após uma intimação judicial entregue ao Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Campina Grande (Sitrans) no domingo (8), que proíbe a suspensão.
As linhas dos ônibus atingidas pela suspensão do Sitrans são 903-B, 910, 902 e 955, que ligam a cidade aos distritos de São José da Mata, Jenipapo, Estreito – Salgadinho e Galante. Moradores que precisam do transporte público para se deslocar dos distritos até Campina Grande ficaram sem ônibus.
Uma intimação foi entregue pela Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos de Campina Grande (STTP) ao Sitrans no domingo (8). Caso não cumpra a decisão da Justiça, as empresas devem pagar multa diária de R$ 20 mil, e podem responder a um processo criminal por desobedecer a decisão da 2ª Vara de Fazenda Pública de Campina Grande, que determina o retorno dos ônibus.
A STTP reiterou que desde o anúncio da suspensão está adotando medidas para manter o diálogo com o Sitrans. Mas, até então, os oficiais de Justiça não tinham conseguido localizar os representantes do sindicato, o que aconteceu neste domingo (8).
As empresas responsáveis pelos ônibus do transporte público de Campina Grande alegaram que a prefeitura da cidade não cumpriu o acordo de subsidiar a tarifa da passagem de ônibus, medida que foi divulgada no início deste ano, quando a prefeitura se comprometeu a arcar com uma parte do valor de cada passagem, para evitar um novo aumento.
Segundo as empresas, no mês de março a prefeitura pagou 0,13 centavos por passagem, e não 0,55, como havia anunciado, e em abril o pagamento não foi realizado. Isso justificaria, conforme a nota, a suspensão da circulação dos ônibus que passam pelos distritos de Campina Grande.
O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, informou que vai se pronunciar na tarde desta segunda-feira (9) sobre a denúncia feita pelas empresas de ônibus, de que a prefeitura não estaria repassando o valor acordado.
O g1 entrou em contato com diretor do Sitrans, mas não obteve respostas até a publicação desta matéria.