O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cajazeiras, Marcos Barros, foi preso nesta quinta-feira (30) em João Pessoa. Segundo a Polícia Civil, Barros estava foragido da Justiça. O ex-vereador foi condenado a uma pena de oito anos e seis meses, em regime fechado, pela prática de estupro de vulnerável.
O ex-vereador foi preso pela equipe de policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), da Polícia Civil. Segundo informou o delegado Reinaldo Nóbrega, Marcos Barros estava em um edifício localizado no bairro Expedicionários, em João Pessoa.
Marcos Barros foi condenado pelo crime de estupro de vulnerável. Ele foi acusado de ter tido relações sexuais com uma adolescente de 13 anos de idade dentro da Câmara Municipal de Cajazeiras, no ano de 2012.
No ano passado, após passar por três instâncias judiciais, saiu a condenação do ex-vereador a mais de oito anos de reclusão, a serem cumpridos em regime fechado. Desde então, ele permanecia foragido.
O caso é acompanhado desde 2011, quando ganhou repercussão no cenário político da Paraíba. Na época, o ex-presidente da Câmara de Cajazeiras chegou a rebater as acusações, que começaram a ser repercutidas como anônimas. Em nota divulgada em 2011, Marcos Barros disse que seria impossível que os fatos denunciados estivessem acontecendo na Câmara de Cajazeiras, já que o prédio estava sempre aberto à população e contava com um grande número de funcionários. Ele ainda declarou que havia registrado Boletim de Ocorrência para buscar se desvincular às denúncias anônimas que estavam sendo feitas através das redes sociais.
Segundo o Tribunal de Justiça da Paraíba, na manhã do dia 12 de abril de 2011, nas proximidades do estabelecimento Espaço Saúde, localizado na Rua Francisco Décio Saraiva, Centro de Cajazeiras, Marcos Barros beijou a vítima e retirou sua blusa, passando, em seguida, a acariciá-la, chegando a morder seus seios.
Consta no inquérito que, dois anos antes do fato, Marcos Barros de Souza passou a se corresponder com a garota, visando convencê-la a praticar com ele relações sexuais, inclusive com sugestões de vídeos pornográficos para que fossem assistidos pela vítima.
“Quando a adolescente completou 14 anos, mais precisamente no dia 07 de setembro de 2011, ela manteve relação sexual com o réu, no interior da Câmara Municipal de Cajazeiras”, diz parte da denúncia.
Após o fato, a relação foi descoberta pela mãe da menina. Ouvida diversas vezes e, em todos os depoimentos, a vítima contou com riquezas de detalhes, firmeza e coerência o seu envolvimento com o imputado. Devido aos acontecimentos, a adolescente atualmente mora em João Pessoa, com seus avós e está recebendo acompanhamento psicológico.