Há três semanas, o Instituto de Polícia Científica (IPC) liberou o corpo do recém-nascido abandonado em uma lixeira do bairro de Intermares, na cidade de Cabedelo, para velório e sepultamento. Porém, essas cerimônias não têm data para acontecer. A pedido da defesa jurídica dos pais da criança, o corpo do menino deve permanecer no Instituto Médico Legal até a conclusão do inquérito.

A solicitação do advogado de defesa dos pais da criança ocorreu nesta quinta-feira (13). Ao Portal T5, Paulo Roberto confirmou o pedido à Polícia Civil, mas não revelou a motivação da exigência.

Entenda o caso

O corpo da criança foi encontrado por um catador de material reciclável no início da manhã do dia 22 de março. O casal detido suspeito de abandono foi liberado após prestar depoimento. Segundo a delegada Luísa Correia, à época, não havia material técnico que possa circunstanciar a prática de um crime. No IPC, o recém-nascido foi submetido a um exame cadavérico, para confirmação da causa da morte. O resultado ainda não saiu.

No dia 5 de abril, o IPC confirmou o resultado do exame de DNA que comprova a maternidade do recém-nascido. O teste afirmou que a jovem estudante de medicina, de 21 anos, é a mãe da criança. Em depoimento na delegacia, a estudante de medicina contou que estava se preparando para contar para a família, porém entrou em trabalho de parto, que aconteceu na casa onde mora. Segundo ela, o crime aconteceu em uma situação de desespero.

A perícia ainda aguarda o resultado do exame que pode comprovar a causa da morte do recém-nascido.

O corpo do bebê, ainda sem registro, continua no IPC da capital paraibana.