A Justiça negou nesta quarta-feira (8) um pedido de revogação de prisão feito pela defesa do advogado acusado de atropelar um motoboy, em Campina Grande, após achar que ele tinha o assaltado. Pedro Mário Freitas está preso no Presídio Especial Valentina Figueiredo, em João Pessoa.
A defesa do advogado havia pedido a revogação ou a prisão domiciliar dele. Na decisão, o juiz Horácio Melo manteve a prisão do acusado, que foi encaminhado para o Presídio Especial Valentina Figueiredo, em João Pessoa, na terça-feira (7), após audiência de custódia.
O g1 entrou em contato com a defesa do advogado Pedro Mário Freitas para obter respostas sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
O acusado se apresentou à Polícia Civil na segunda-feira (6). De acordo com Ramirez São Pedro, delegado da Polícia Civil em Campina Grande, ele prestou esclarecimentos e foi indiciado por crimes como tentativa de homicídio qualificado, injúria e embriaguez ao volante.
Na terça (7), em audiência de custódia, a juíza Ivna Mozart Bezerra Soares definiu que ele deveria permanecer preso. Por ser advogado, ele foi encaminhado para uma de sala de Estado-Maior, separado dos demais detentos.
Além da prisão, o advogado também foi exonerado pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). Ele exercia o cargo de assessor operacional na ALPB. A Presidente em exercício da OAB Subseção Campina Grande, Dra. Carla Felinto, informou que o órgão deve abrir um Processo Ético Disciplinar que julgará o caso no âmbito da OAB, já que o motorista é advogado.
Pedro Mário também foi afastado do cargo de assessor jurídico do núcleo de ouvidoria do Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande. A decisão foi tomada pela diretoria da unidade e o Secretário Estadual de Saúde, Jhony Bezerra, endossou o afastamento.