Um homem foi preso em flagrante, na noite de domingo (9), pela Guarda Civil Municipal (GCM) acusado de morder e arrancar parte da língua de uma mulher em Osasco, na Grande São Paulo.
O agressor e a vítima tinham um relacionamento amoroso havia três anos, segundo informações do boletim de ocorrência do caso registrado na Polícia Civil.
Ainda de acordo com a mulher, o homem também a mordeu no antebraço, a feriu com um garfo nas costelas, bateu sua cabeça na parede e ameaçou matá-la caso contasse às autoridades as agressões que sofreu por parte dele.
O agressor tem 31 anos e é mecânico. A vítima tem a mesma idade e trabalha como operadora de caixa. O homem foi indiciado por crimes de lesão corporal, ameaça e descumprimento de medida protetiva no contexto da violência doméstica.
A delegacia, onde o caso foi registrado, ainda pediu à Justiça a conversão da prisão em flagrante do agressor para a prisão preventiva sem prazo para sair.
De acordo com a GCM, o caso foi descoberto após uma guarda da cidade ver a mulher e o homem num hospital da cidade. Segundo a agente, ela estava com a boca sangrando enquanto ele a acompanhava.
A GCM então pediu apoio e uma viatura com mais agentes foi até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Conceição, onde a mulher estava sendo atendida. Segundo os guardas, a vítima disse chorando e em estado de choque que “ele mordeu a minha língua e puxou”, arrancando um pedaço.
O homem, identificado como companheiro da vítima, deu outra versão: a de que a mulher havia “sofrido um surto e engolido a própria língua”. O caso teria ocorrido no caminho que os dois fizeram entre um bar e a residência onde a vítima morava.
O caso foi registrado inicialmente no 5º Distrito Policial (DP) de Osasco, mas será investigado pelo 7º DP. A autoridade policial, no entanto, não acreditou na defesa do homem e o responsabilizou criminalmente pelas agressões contra a mulher.
De acordo com o boletim de ocorrência, o agressor já tinha medidas protetivas decretadas pela Justiça contra ele para que não se aproximasse a menos de 300 metros da vítima. Mas ele descumpriu essas decisões anteriores.