Padrasto de 17 anos é apreendido por espancar e atirar bebê contra a parede; mãe foi presa

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Um adolescente, de 17 anos, foi apreendido por espancar e atirar contra a parede o filho da namorada, de dois anos, em São Vicente (SP), porque a criança estava chorando. O menino sofreu um traumatismo cranioencefálico grave devido às diversas fraturas na cabeça e está internado em estado grave na Santa Casa de Santos.

De acordo com o delegado do DP Sede de São Vicente, Alexandre Alfino, a mãe de 22 anos foi presa por omissão. “O que a gente espera de uma mãe é proteger o próprio filho e foi isso o que ela não fez”.

Alfino disse, ainda, que o menino vinha sofrendo agressões do padrasto desde quinta-feira. “Estão sendo autuados por tentativa de homicídio. No meu entender ele assumiu o risco de produzir o evento morte nessa criança, e os maus-tratos”.

Agressões e contradições do padrasto e mãe

A mulher e o padrasto, que é suspeito de ter batido e atirado a criança contra a parede, levaram o menino ao Hospital Vicentino, na cidade onde moram.

Ao g1, a advogada do pai da criança, Victorya Santana, contou que, no hospital, a mãe alegou à equipe médica que o filho havia caído da cama enquanto brincava com a irmã — ambos filhos do relacionamento com o cliente.

Ainda de acordo com Victorya, os médicos acionaram a PM logo após os relatos do casal, pois, segundo os profissionais, a versão apresentada não condizia com as lesões no corpo do menino.

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De acordo com o boletim de ocorrência (BO), obtido pelo g1, o padrasto fugiu da unidade de saúde, mas foi encontrado na subida do viaduto Mário Covas por uma policial que foi avisada sobre o caso.

Questionado, o menor confessou ter agredido o enteado com socos e, posteriormente, jogado a criança contra a parede porque ela estava chorando. Ele foi apreendido e, em seguida, a mulher foi presa em flagrante.

Criança teve traumatismo cranioencefálico

O relatório médico preliminar apontou afundamento de crânio, hematomas generalizados no rosto e outros ferimentos. Com um diagnóstico de traumatismo cranioencefálico grave, segundo o BO, ele respira por aparelhos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa.

“Suspeita-se que eles agrediram a criança. Porque, na verdade, ele chegou lá soltando sangue pelo nariz, com metade do crânio fraturado, disse a advogada do pai da vítima.

Segundo o registro da ocorrência, o Conselho Tutelar acompanhou o registro da ocorrência. O caso foi apresentado no 1º Distrito Policial de São Vicente.

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