Em um desdobramento surpreendente do escândalo que envolve o Hospital Padre Zé, um suposto roubo na granja do Padre Egídio, localizada no Gurigi, em Conde, está levantando mais dúvidas do que respostas. Informações preliminares indicam que os “ladrões”, dois homens e uma mulher, não subtraíram nenhum item de valor. Em vez disso, limitaram-se a cavar cinco buracos no terreno, supostamente em busca de uma “botija” – um termo regional para tesouro enterrado.
Essa peculiaridade tem alimentado especulações. Alguns moradores locais e observadores estão começando a questionar se o incidente foi uma tentativa deliberada de criar uma narrativa de vitimização em torno do Padre Egídio, já abalado pelo escândalo financeiro no hospital que leva seu nome. O episódio ocorre em um momento delicado, quando Padre Egídio enfrenta intensa pressão e escrutínio público.
As autoridades estão investigando o caso, mas até agora, as evidências parecem indicar uma ação planejada e não um roubo típico. A natureza teatral do evento – cavar buracos em busca de uma botija inexistente – destoa do padrão de crimes na região, levantando dúvidas sobre as reais intenções por trás do ato.
Especialistas em segurança comentaram que esse tipo de ação pode ser uma tática para desviar a atenção de questões mais prementes ou ganhar simpatia pública. No entanto, também há quem defenda que o Padre Egídio possa ser de fato uma vítima de um ato intimidatório, embora a natureza e o objetivo do mesmo permaneçam obscuros.
A comunidade do Conde está dividida. Enquanto alguns expressam solidariedade ao Padre Egídio, outros veem o incidente com ceticismo, dada a recente controvérsia envolvendo a gestão do Hospital Padre Zé.
O caso adiciona uma nova camada de complexidade à já turbulenta situação do Padre Egídio e coloca em cheque a credibilidade da gestão do hospital. As investigações continuam, e muitos aguardam respostas definitivas sobre este episódio insólito que apenas intensifica o clima de incerteza e desconfiança na região.