A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Campina Grande concluiu o inquérito sobre o assassinato de Josenildo Barbosa Pereira, um comerciário morto por um policial militar reformado de 77 anos, após uma discussão de trânsito. O crime ocorreu no dia 12 de outubro, na Rua Franklin Araújo, no bairro da Conceição.
O delegado responsável, Ramiro de São Pedro, indiciou o PM por homicídio duplamente qualificado, apontando a motivação torpe e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
O Ministério Público já analisou o inquérito e acatou a denúncia, pedindo a condenação do acusado. Para o MP, a gravidade do caso e a desproporção da reação do PM deixam claro que não houve legítima defesa, como alega o indiciado.
De acordo com as investigações, o crime teve início quando o idoso, que dirigia um carro, discutiu com Josenildo, que trafegava de motocicleta. O suspeito relatou que a vítima teria o xingado e, momentos depois, feito uma manobra brusca, fechando seu veículo. Na sequência, Josenildo teria continuado a insultar o PM, que sacou uma pistola e efetuou dois disparos contra ele.
O acusado se apresentou à polícia no dia 16 de outubro, acompanhado de seu advogado, e confessou o crime, mas afirmou ter agido em legítima defesa. No entanto, tanto o delegado Ramirez São Pedro quanto o Ministério Público, concluíram que o PM agiu de maneira desproporcional e por motivos banais. “A motivação é torpe, e uma discussão de trânsito não justifica a atitude extrema do acusado”, destacou o delegado.
O caso agora segue a espera de um desfecho por parte do Poder Judiciário, onde o PM reformado responderá pelas acusações. Ele permanece em liberdade, aguardando a análise do pedido de prisão e o posterior julgamento.