A primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, deixou, no início da tarde desta terça-feira (01), a Penitenciária Júlia Maranhão, no bairro de Mangabeira. Ela havia sido detida no último sábado (3o) durante a terceira fase da Operação Território Livre, da Polícia Federal.

O filho de Lucena, deputado federal Mersinho Lucena (PP), acompanhou a soltura. Nas redes sociais, ele publicou uma foto ao lado da mãe e disse que era hora dela voltar ao lar.

A juíza Maria Fátima Ramalho, da 64ª Zona Eleitoral, revogou a prisão preventiva de Lauremília e de sua secretária, Tereza Cristina.

Na decisão, porém, a magistrada determinou a imposição de medidas cautelares, como a proibição de frequentar prédios da Prefeitura de João Pessoa, acessar os bairros São José e Alto do Mateus, ter contato com outros investigados, além do recolhimento domiciliar noturno, entre as 20h e 6h, e o uso de tornozeleira eletrônica.

A defesa da primeira-dama celebrou a revogação, mas disse à reportagem que manterá o recurso apresentado junto ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) contra o decreto de prisão. Eles entendem que a medida imposta pela Justiça ao atender a Polícia Federal, responsável pelas investigações, é “ilegal”.

“A defesa está satisfeita. A magistrada reconheceu a desnecessidade da prisão. Porém, continuará na luta pelo heabeas corpus, pois entende que as medidas cautelares não são necessárias. Vamos manter os habeas corpus para revogar as medidas cautelares. ”, disse o advogado Gustavo Botto.

“Ela é uma mulher de muita fé e muita força. Então, ela estava sempre muito crente de que as coisas iriam dar certo. Ela estava sempre muito firme na sua inocência e que estava aguardando apenas o judiciário se manifestar para que ela fosse colocada em liberdade”, complementou.

Além de Lauremília e Tereza, quem também deixou a Penitenciária hoje foi a vereadora Raíssa Lacerda.