População protesta e pede prisão de médico investigado por estupro em João Pessoa

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Um protesto pedindo a prisão do médico pediatra Fernando Cunha Lima acontece nesta segunda-feira (2). O grupo é formado pelos pais e responsáveis das vítimas de estupro de vulnerável praticados por Fernando.

A manifestação se concentra em frente ao Fórum Criminal localizado na Avenida João Machado, em João Pessoa. O protesto surge uma semana após a Justiça negar o pedido feito pelo Ministério Público estadual (MPPB), para a prisão preventiva do pediatra.

O advogado das vítimas, Bruno Pontes, afirmou que os manifestante também vão recorrer ao Tribunal de Justiça para pedir justiça em relação a decisão que nega o pedido de prisão.

Ainda de acordo com o advogado, mais um inquérito policial com novas denúncias contra o médico foi aberto, e são esperadas ainda nesta semana, mais três depoimentos contra Fernando Cunha Lima.

“Quantas denúncias mais serão precisas para que ele seja preso?”, questiona Gabriela Cunha Lima, sobrinha do médico que afirmou em entrevista à TV Correio, que sofreu abuso do tio há mais de 30 anos.

Novas denúncias

O inquérito policial aponta uma padronização na forma do médico agir para praticar os abusos. Diversas denúncias evidenciaram que Fernando Cunha Lima tinha o hábito de entregar a recita médica no inicio da consulta. De acordo com os pais das crianças, a letra do pediatra é muito difícil de ler, e enquanto eles estariam tentando ler a receita, supostamente aconteciam os abusos.

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Outra mãe relatou que o médico agia com brincadeiras para trazer mais confiabilidade para os pais e para as crianças. Essa mãe, também em entrevista, afirmou que por se tratar de médico ia criando confiança, apesar dos comportamentos estranhos “Mas depois de tudo o que aconteceu, eu percebi que a minha filha sempre se contraía todas as vezes que ele ia examiná-la”, afirmou.

Sobre o caso

O caso veio à tona, após a mãe de uma criança de nove anos denunciar o crime de abuso sexual praticado contra a filha. Após essa denúncia, diversas famílias também prestaram depoimento contra o pediatra.

Uma das denúncias, foi feita pela própria sobrinha do médico, Gabriela Cunha Lima, que afirmou em entrevista à TV Correio, que sofreu abuso do tio há mais de 30 anos.

Ela contou, em detalhes, que o caso aconteceu quando eles estavam na casa de praia do tio, no ano de 1991.

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