Um documento protocolado ontem (06) no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) e no Ministério Publico da Paraíba pede o bloqueio dos cachês de algumas das atrações que vão se apresentar na edição deste ano do São João de Santa Rita.
O pedido encaminhado ao TCE-PB foi feito por Nicola Lomonaco, empresário e pré-candidato a prefeitura local.
No documento, ele questiona a contratação de artistas com cachês que superam os R$ 500 mil enquanto a gestão da cidade do canaviais tem provocado um rombo financeiro estimado em R$ 50 milhões, deixando de cumprir pisos salariais e reajustes aos servidores efetivos.
“Como pode haver por parte dos órgãos fiscalizadores a permissão de uma festa de São João na cidade de Santa Rita onde o gestor não investe obrigatoriamente nas questões prioritárias?” indaga o empresário no documento.
Ainda segundo apurou a reportagem, é citado ao longo do material a precariedade em unidades de saúde o baixo investimento na área, como consta em relatórios produzidos em outros anos pelo Tribuna de Contas.
“QUE SEJAM EM CARÁTER DE URGÊNCIA BLOQUEADOS TODOS OS VALORES INERENTES AOS PAGAMENTOS DOS ARTISTAS NACIONAIS COM CACHÊS ELEVADOS, a fim de resguardar os direitos previstos em Lei e garantir a vida dos Santa-Ritenses que precisam e sentem a deficiência da prestação de serviço na saúde do nosso município”, cita no material.
Pedido de prisão
Ainda no mesmo conteúdo é sugerido pelo empresário e pré-candidato que os órgãos fiscalizadores entrem com um pedido de prisão preventiva contra o gestor de Santa Rita e dos gestores da pasta da saúde e educação.
“PREZANDO O RESPEITO E EVITANDO DANO AO ERÁRIO, que seja provocada a via judicial e requerida a PRISÃO PREVENTIVA E AFASTAMENTO DOS CARGOS DE TODOS OS ENVOLVIDOS, nos supostos crimes acima mencionados, que de plano foram COMPROVADOS E ATESTADOS PELO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA”, traz o documento.
Valores do São João
Desde o último fim de semana, até o momento a administração do prefeito Emerson Panta já desembolsou mais de R$ 1 milhão com as atrações da festa junina.
O valor, segundo consta na denúncia feita ao TCE ontem (06), deve chegar a quase R$ 10 milhões.