A inflação oficial do país desacelerou e ficou em 0,42% em janeiro, informou nesta quinta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve uma queda de 0,09 ponto percentual em relação a dezembro, quando variou 0,40%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 4,47%.
O resultado deste mês foi influenciado pelo aumento nos preços de alimentos e bebidas, que subiram 1,53%. No grupo, a alimentação em casa subiu 2,04%. Contribuíram para este cenário as altas da batata inglesa (25,95%), cenoura (21,11%) e dos feijões fradinho (14,72%) e rajado (14,46%).
Os gastos com saúde também tiveram elevação em janeiro, com alta de 0,56%, resultado influenciado principalmente pelo aumento do plano de saúde (0,77%).
Em seguida, o grupo habitação registrou alta de 0,33%, puxado pelo aumento da taxa de água e esgoto (0,56%) e do gás encanado (1,01%).
Transportes mais baratos
Por outro lado, houve queda nos preços dos transportes, que ficaram 1,13% mais baratos. A passagem aérea foi o subitem com maior impacto individual no índice deste mês (-15,24%). No ano passado, os bilhetes aéreos haviam puxado a inflação para cima, com alta de 47,24% entre janeiro e dezembro de 2023.
Como resposta, o governo anunciou nesta semana um pacote de R$ 6 bilhões de apoio a empresas aéreas para evitar que esses preços voltem a subir. A expectativa é que a iniciativa seja lançada nos próximos dez dias.
Em relação aos combustíveis (-0,63%), houve recuo nos preços do etanol (-2,23%), do óleo diesel (-1,72%) e da gasolina (-0,43%), enquanto o gás veicular (2,34%) registrou alta.