O advogado de defesa de Tiago Fontes, investigado no caso Ana Sophia, disse que vai orientar a família do cliente a pedir indenização ao Estado da Paraíba, caso seja confirmado que o corpo encontrado em região de mata na semana passada é o do suspeito
Marcus Alânio criticou a forma como as investigações foram conduzidas. Para ele, Tiago sofreu “julgamento público” e “condenação prematura”.
“Iremos conversar com familiares e orientá-los a buscar do Estado uma declaração de inocência de Tiago. Houve uma prematura condenação, um julgamento público em virtude de afirmações que foram feitas em nome do Estado. Vamos buscar uma reparação do Estado, não para enriquecimento de quem quer que seja, mas para que o Estado pedagogicamente saiba que não pode macular vidas, não pode destruir famílias”, disse Marcus Alânio.
Ana Sophia desapareceu no dia 4 de julho, no distrito de Roma, Zona Rural de Bananeiras. Imagens de circuito de segurança mostram a criança andando pela região. Ela foi até a casa de uma amiga, mas não demorou muito por lá. Na volta para casa, a menina desapareceu. Buscas foram realizadas em casas, açudes e matas do município, mas nenhum vestígio da menina foi encontrado.
Tiago Fontes, marido da diretora da escola onde Ana Sophia estudava, passou a ser considerado suspeito em setembro. Na ocasião, autoridades revelaram que a menina foi vista pela última vez entrando na casa dele. Segundo a Polícia Civil, há indícios de assassinato da criança e a ocultação do corpo.
Autoridades não tinham pistas do paradeiro de Tiago até a última sexta-feira (10), quando um corpo do sexo masculino foi achado em uma mata na Zona Rural de Bananeiras. Peritos analisam se o cadáver é do suspeito.
Nesta segunda (13), a Polícia Civil divulgou que o caso Ana Sophia “está elucidado” e marcou coletiva de imprensa para esta terça-feira (14).
“Delegados do caso e peritos farão um apanhado geral e darão detalhes das informações mais recentes. Pelo que se constata, o caso está elucidado. Estamos alinhando com representantes da PM e dos Bombeiros para participarem da coletiva”, disse a instituição.
