Mulher que matou filha de 1 ano diz que foi ‘motivada pela raiva’ após marido terminar relacionamento, afirma delegado

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A mãe que matou a própria filha, uma bebê de 1 ano identificada como Júlia, nesta quinta-feira (26), no bairro do Geisel, em João Pessoa, disse em depoimento que cometeu o crime motivada pela raiva que sentiu pelo companheiro ter terminado o relacionamento do casal horas antes do crime ter acontecido.

Conforme o delegado, Eliane Nunes da Silva não aceitou o término entre os dois, como mensagens trocadas por um aplicativo mostram. Por isso, segundo o delegado, ela matou a criança com golpes de faca, para “descontar a raiva que estava do marido” depois do fim do relacionamento.

Em entrevista coletiva, Diego García afirmou que o crime foi um dos mais pesados que teve contato como investigador desde que começou a carreira na polícia.

“Em 12 anos de polícia, eu confesso que foi uma das cenas que mais me causaram repulsa pela quantidade de ferimentos nessa criança, em seu leito de dormir, que era um berço”, ressaltou Diego Garcia.

O crime aconteceu no bairro do Geisel, em João Pessoa, na manhã desta quinta-feira (25). A mãe compareceu à Central de Polícia por volta das 11h, ensanguentada e com uma mochila nas costas. Não havia mais ninguém em casa na hora que tudo aconteceu, por isso ela é a única suspeita da morte da criança.

O infanticídio aconteceu entre 9h e 10h, também de acordo com informações da Polícia Civil.

A polícia foi até a casa da família após a mãe confessar o crime. A criança foi encontrada morta no berço, ensanguentada, e ao lado do corpo estava a faca que teria sido usada para cometer o crime.

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A mulher ainda vai passar por audiência de custódia, que deve ocorrer na manhã de sexta-feira (27). Ela foi autuada em flagrante por infanticídio, enquadrado na categoria de crime hediondo.

Além disso, familiares do casal não foram ouvidos ainda e vizinhos do condomínio foram intimados para prestar depoimento.

Ainda conforme informações do delegado, somente a perícia que do Instituto de Polícia Científica (IPC) vai poder afirmar a quantidade de golpes de faca dados contra a criança. Além disso, o delegado também afirmou que a mulher pode passar por análise psicológica, para averiguar a sanidade mental.

“Temos que ter muito cuidado com a palavra ‘surto’, porque às vezes uma pessoa de má fé usa justamente disso para se defender, ‘justificar’ o cometimento do crime. Então é preciso que laudos periciais, que provavelmente o IPC provavelmente vai trabalhar nesse sentido, se dedique a comprovar se essa mulher possui alguma deficiência mental que poderia levar a este crime, mas aparentemente, ao meu ver, a olho nu, não tem nenhum sinal de surto”, disse.

Outro ponto que vai ser analisado pela perícia é se a criança estava dormindo ou se estava acordada quando o crime aconteceu. A criança de 1 ano, que em 14 de outubro completou aniversário, era filha única do casal.

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