Nove jogadores foram punidos por manipulação de resultados no futebol brasileiro em 2022. A maior pena aplicada pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) foi para Nino Paraíba, com suspensão de 720 dias e multa de R$ 100 mil.
A denúncia da Procuradoria do STJD teve como base as provas colhidas pelo Ministério Público de Goiás na Operação Penalidade Máxima.
Nino se tornou réu confesso por aceitar dinheiro em troca de levar cartão amarelo em três jogos do Paysandu. Apesar de “colocar a cara a bater para todo país”, palavras do auditor Paulo Feuz, o relator aumentou a pena em 240 dias. “Apesar do auxílio e confissão, a atitude não condiz com a ética do esporte. Ele deve ser sancionado”.
O jogador Diego Porfírio teve a pena agravada. Ele foi eliminado do futebol e terá que pagar multa de R$ 60 mil. O jogador confessou ter recebido R$ 50 mil para receber cartão amarelo numa partida e, segundo denúncia, ele teria atuado como intermediário e captador do atleta Alef Manga para o grupo de apostadores.
Após a sentença, os auditores decidiram pedir à CBF a extensão internacional da decisão.
“Diante do atual cenário, a presente decisão deve abordar também a abrangência da punição desportiva aplicada aos denunciados. A despeito de estarmos diante de infrações disciplinares cometidas, processadas e julgadas em território nacional, a gravidade dos fatos narrados corroborou para a aplicação do Código Disciplinar da FIFA”, justificou o auditor Paulo Feuz, relator do processo.
A sessão extraordinária foi realizada na COB EXPO, em São Paulo, e durou cerca de oito horas.
Veja a pena dos atletas no julgamento desta quinta-feira:
Nino Paraíba, atleta do Paysandu-PA; punido com 720 dias e R$ 100 mil de multa;
Bryan, atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Athletico Paranaense-PR; 360 dias e R$ 50 mil;
Diego Porfírio, atleta do Guarani, eliminação e R$ 60 mil multa;
Alef Manga, atleta do Coritiba-PR; 360 dias e R$ 50 mil de multa;
Vitor Mendes, atleta do Atlético Mineiro-MG; 720 dias e R$ 70 mil de multa;
Sávio Alves, atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Goiás-GO; 360 dias e R$ 30 mil;
Thonny Anderson, atleta do ABC-RN; multa de R$ 40 mil;
Dadá Belmonte, atleta do América-MG; 600 dias e R$ 70 mil de multa;
Igor Cárius, atleta do Sport-PE; R$ 360 dias e R$ 40 mil.