Familiares e amigos realizam caminhada e pedem justiça por vítima de feminicídio: ‘Não pode ser mais um número’

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Familiares, amigos, professores e estudantes do curso de direito da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) realizaram, nesta quinta-feira (28), uma caminhada em homenagem e pedindo justiça por Rayssa de Sá, de 19 anos, vítima de feminicídio pelo ex-marido Betinho Barros, secretário de comunicação de Belém, no Agreste da Paraíba. A jovem foi morta no dia 21 de setembro.

O grupo se reuniu às 15h em frente a sede da Patrulha Maria da Penha, em Guarabira, cidade onde os avós moram e onde ela foi sepultada. A caminhada percorreu as ruas do Centro do município com cartazes até o Fórum Doutor Augusto de Almeida.

As pessoas presentes estavam usando branco e levavam cartazes contra a violência doméstica e contra o feminicídio. Entre as mensagens estavam “Rayssa de Sá presente”, “Quantas mulheres precisam morrer?” e “A maior epidemia no Brasil é o feminicídio”. As duas filhas de Rayssa estavam presentes na caminhada junto aos familiares.

A mãe da vítima, Danúbia de Sá, afirmou que o ato realizado foi uma luta por justiça. “Para que não aconteça novamente e sonhos sejam destruídos”, afirmou.

A professora do curso de direito da UEPB em Guarabira, do qual Rayssa era aluna, Izabele Ramalho destacou que quando uma mulher é vítima de feminicídio todas perdem.

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“É uma vida que se vai por causa do machismo, do pensamento de posse. Os sonhos de Rayssa foram interrompidos por causa desse pensamento”, disse a professora.

Também representando o curso, a estudante Lívia Flor ressaltou que o ato não foi apenas uma homenagem a Rayssa, mas um alerta para todas as mulheres. Lívia relata que conheceu a estudante na acolhida da faculdade.

“Ela [Rayssa] disse inclusive que queria se tornar juíza. Confraternizou com a gente e menos de uma semanas depois a gente soube que a vida dela foi tirada de uma forma tão trágica”, relatou.

O irmão de Rayssa, Remysson de Sá informou que todos aqueles envolvidos de certa forma pela morte da estudante devem ser responsabilizados. “A gente correu atrás e procurou todas as medidas legais, mas infelizmente não realizaram da forma correta”, relata.

Remysson ainda destaca que sua irmã “não pode ser mais um número” e que deve ser lembrada.

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