Moradora de prédio alertou para ‘comportamento estranho’ de vizinho dois dias antes de crime em João Pessoa

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O porteiro José Bezerra, que foi assassinado na última segunda-feira (19) por um dos moradores do prédio em que ele trabalhava em João Pessoa, chegou a ser alertado dois dias antes do crime para o “comportamento estranho” que o suspeito apresentava nos últimos tempos. A informação é de Maria Sueleide, outra moradora do mesmo edifício, que se disse assustada com uma cena que ela presenciou na noite de sábado (17).

Sueleide explica que naquele dia foi colocar o lixo de sua casa para fora do prédio quando avistou ao longe o suspeito, identificado como Rian Flávio Lopes, de 21 anos. Ela descreve que o homem estava escondido por trás de um poste, com um capuz na cabeça, olhando-a fixamente. E que, naquele momento, ficou bastante assustada com a cena.

Foi quando ela se aproximou da portaria e, por pura coincidência, conversou justamente com o porteiro que seria assassinado poucos dias depois. “Eu cheguei a falar: ‘Seu Bezerra, ele não está bem. A gente tem que fazer alguma coisa'”, relembra.

A moradora do prédio explica que as pessoas nunca esperam que uma situação trágica dessa chegue de fato a acontecer. Principalmente porque o suspeito sempre morou no local. “Ele cresceu com a gente, brincava com a gente”.

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De toda forma, Maria Sueleide enfatiza que já há algum tempo era perceptível uma “mudança de comportamento” no suspeito que vinha deixando a vizinhança em alerta. A ponto de ela já não deixar mais a filha descer sozinha para brincar no térreo do edifício. “A gente começou a ficar com medo”, resume.

O caso aconteceu num edifício localizado no bairro Jardim São Paulo, na Zona Sul da capital paraibana. Na segunda-feira (19), o suspeito, após uma discussão aparentemente sem importância, esfaqueou o porteiro, que tinha 60 anos, e um outro morador, de 43 anos, que tentou intervir em favor do porteiro. José Bezerra não resistiu e morreu. A segunda vítima foi internada no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, onde passou por cirurgia.

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