Polícia pede prisão preventiva de médico de João Pessoa flagrado agredindo ex-companheira

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A Polícia Civil solicitou, nesta segunda-feira (11), mandado de prisão preventiva para o diretor técnico do Complexo Hospitalar de Mangabeira, o Trauminha, em João Pessoa, investigado pela Polícia Civil por agressão contra a mulher. Imagens divulgadas no domingo (10) pelas redes sociais do site Paraíba Feminina, mostram o médico João Paulo Souto Casado agredindo a ex-companheira, em pelo menos duas ocasiões diferentes durante 2022.

A delegada Paula Monalisa informou que o pedido de prisão contra João Paulo Souto Casado foi protocolado. A solicitação será repassada para o juiz que decidirá se o mandado de prisão será deferido ou não.

Em nota divulgada às 11h40, a defesa de João Paulo Souto Casado informou que não teve acesso a eventual processo criminal instaurado contra ele, e que, em virtude do sigilo imposto por causa de medidas protetivas, não vai se pronunciar.

Em vídeo enviado pela defesa o médico afirma estar arrependido pelas agressões cometidas. João Paulo diz que estava passando por momento de forte stress e agiu impensadamente.

Na noite desta segunda-feira (11), a defesa afirmou que o pedido de prisão preventiva é desnecessário, pois o médico não representaria risco à sociedade ou a ex-companheira.

Em um dos vídeos, gravado em abril do ano passado, é possível ver quando o médico está em um elevador com a vítima e uma criança. Nas imagens, é possível ver quando o suspeito puxa o cabelo da mulher e a empurra várias vezes, na frente da criança. Já em outras imagens, de setembro de 2022, a vítima é agredida com socos dentro de um carro.

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Em entrevista ao Bom Dia Paraíba, nesta segunda-feira (11), a delegada Paula Monalisa explica que as imagens foram entregues à polícia, pela própria vítima, em agosto deste ano. “Ela procurou a delegacia e nos forneceu essas imagens. Ela também foi ouvida, com bastante riqueza de detalhes, e as medidas protetivas já foram solicitadas e deferidas pela Justiça. O inquérito está em andamento”, disse a delegada.

Ainda conforme Paula Monalisa, apesar das agressões terem sido gravadas, em vídeo, há mais de um ano, o crime ainda não está prescrito, e o médico está sendo investigado. “As testemunhas já foram arroladas e serão ouvidas pela delegacia para, em seguida, ele ser chamado, ouvido, interrogado e qualificado”, completou.

Na tarde desta segunda-feira (11), o governador João Azevêdo prestou solidariedade à vítima em uma rede social. Na publicação do governador, ele ainda ressaltou que “violência contra a mulher é intolerável” e também “é crime”. Ele ainda reforçou que a Polícia Civil está investigando o caso e que o médico vai ser exonerado do Hospital de Trauma e investigado no Corpo de Bombeiros.

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