Mansão de prefeito preso por corrupção pode ter sido construída com desvio de recursos

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A mansão que estava em fase final de construção do prefeito de São Mamede, Umberto Jeferson, pode ter sido construída com desvio de recursos públicos.

O prefeito foi preso nesta terça-feira (15), durante uma operação da Polícia Federal com a colaboração do Gaeco e Ministério Público da Paraíba.

Deninomada operação “Festa no Terreiro 2”, a ação investiga esquema de direcionamento de licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

Investigadores da Polícia Federal e do Ministério Público da Paraíba (MPPB) acreditam que um imóvel de luxo do prefeito de São Mamede, Umberto Jefferson (União Brasil), em um condomínio fechado de Patos, no Sertão do Estado, possa ter sido financiado com recursos desviados através de processos licitatórios e contratos

As provas apreendidas durante fases anteriores da investigação, apontam que o imóvel custou R$ 550 mil para uma uma área construída de 535m². O valor, no entanto, chamou atenção da Polícia Federal. Em um relatório concluído no mês de junho, a PF afirmou que a residência teria um custo bem abaixo do praticado no mercado.

No decorrer do processo, ficou evidente, para os agentes, “a participação concreta do prefeito” Umberto Jefferson no esquema para desvio de recursos públicos em São Mamede. Assim como, ficou comprovado que Josivan Gomes Marques, também alvo de mandado de prisão preventiva, foi o responsável pela construção da mansão.

Conversas obtidas pela Polícia Federal entre o prefeito e a esposa, Micaela Mota, em novembro de 2022, mostram que o gestor sertanejo indica que parte da obra seria custeada por Josivan.

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Para a Polícia Federal e o Ministério Público, esse é um diálogo suspeito. Já que ” contratação da obra foi feita por empreitada, não havendo nenhuma cláusula que desse a entender que parcela da obra constituísse pagamento de eventual dívida de Josivan com o prefeito representando um indício de que se tratou de uma das vantagens obtidas pelo prefeito a partir do desvio de recursos da licitação que é objeto da presente investigação”.

Também foi determinado o afastamento de dois servidores de seus cargos públicos e sequestro de bens no valor equilibrante a mais de R$ 5 milhões.

O advogado de defesa do gestor, Alexandre Nunes, disse que a medida foi recebida com “estranheza” já que desde a primeira fase da operação da Polícia Federal/GAECO (MPPB), que o prefeito vem colaborando com as investigações.

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