Marcelma Bezerra, uma das três mulheres que descobriram aos 28 anos que foram trocadas na maternidade, em Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, não tem proximidade com a mãe que a criou há muito tempo. Criada na zona rural da cidade, ela comentou que na infância passava o dia na casa da avó ou da madrinha.
“Eu não tinha uma boa convivência com minha mãe, nem com minha irmã e nem com meu irmão mais velho. Assim, ficava o dia na casa delas, da minha avó e da minha madrinha, e praticamente só dormia em casa”.
Um exame de DNA entre Marcelma e Marlucy foi feito no dia 29 de março, e o resultado, divulgado no dia 13 de abril, foi positivo. Assim, ela descobriu que não era filha biológica da mulher que a criou.
Relembre o caso
A história veio à tona após uma delas, que mora nos Estados Unidos, ter feito um teste genético para tentar encontrar antepassados e montar árvore genealógica.
Quando recebeu o resultado, em janeiro de 2023, Raylane fez o upload no site ‘MyHeritage’, que busca familiares a partir de documentos e informações genéticas disponibilizadas pelos usuários, além de permitir a criação de árvores genealógicas.
A plataforma tem um recurso que notifica o usuário quando algum parente é encontrado. Dessa forma, a paraibana recebeu uma notificação de que um possível irmão biológico havia sido encontrado, Lennon Carvalho.
Ao entrar em contato com ele pelas redes sociais, Raylane descobriu que o rapaz tinha uma irmã nascida no mesmo dia que ela, 5 de agosto de 1994, no mesmo hospital, em Cajazeiras.
Com a desconfiança que uma troca poderia ter acontecido, Raylane, Marlucy, Milena e Luísa fizeram exames de DNA.
Os resultados apontaram que Raylane não é filha biológica da mulher que a criou, Marlucy, mas sim de Luísa Maria, mulher que criou Milena e Lennon. No entanto, os resultados dos exames mostraram que Milena não é filha biológica de nenhuma das duas mulheres, apontando assim que um terceiro recém-nascido foi trocado.