Líder da oposição detona empréstimo: “A garantia é toda a arrecadação de Campina Grande”

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O líder da oposição na Câmara Municipal de Campina Grande, vereador Pimentel Filho, detonou o projeto de lei enviado pelo prefeito Bruno Cunha Lima de um empréstimo de 52 milhões de dólares.

Pimentel destacou que a Câmara Municipal já havia liberado dois empréstimos para a Prefeitura, no montante de 80 milhões de reais, e que o dinheiro ainda não foi retirado porque a gestão ainda não apresentou um projeto.

Segundo ele, Bruno Cunha Lima “quer deixar o legado de maior dívida do mundo” para a cidade e explicou que a garantia para se conseguir o empréstimo é toda a arrecadação do município, gerando uma dívida de mais de 20 anos.

“A Câmara já havia liberado dois empréstimos no valor de 80 milhões, que a Prefeitura pode arcar. O prefeito não tirou o dinheiro, porque não apresentou o projeto. Ele (Bruno) já tem 80 milhões e disse que tem a contrapartida de 60 milhões, ou seja 140 milhões que dá para fazer muita coisa. 52 milhões de dólares é cerca de 280 milhões de reais, para que ele quer esse dinheiro? Ele quer deixar o legado de maior dívida do mundo”, criticou.

O parlamentar afirmou que os argumentos expostos por Bruno nas redes sociais não existem no projeto de empréstimo e que Campina Grande já deve mais 700 milhões. Ele ainda alertou sobre os juros altos e que a arrecadação do município vai ficar comprometida, já que é a garantia para conseguir o dinheiro.

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“Como contrapartida à União e ao banco, a operação de crédito que trata esta lei é em caráter irrevogável. É causa pétrea. Ele oferece como garantia toda a arrecadação do município, ou seja, já vem descontado o dinheiro da Prefeitura. A taxa de juro é de 6,9% ao ano e em dólar. Não precisa vender Campina Grande. Isso é pior que a venda da Celb. Na época eu votei contra a venda da Celb e eu era da bancada do governo”, explanou.

O vereador ainda criticou a falta de pagamento do reajuste dos professores por parte da administração municipal.

“Não pode pagar o reajuste dos professores, mas pode empurrar vários cargos de diretores da saúde”.

E arrematou: “Será que é para campanha? Vou nem pensar nisso”.

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