Um filhote de peixe-boi marinho foi resgatado na tarde dessa quarta-feira (15) após ser encontrado encalhado na praia de Gramame, Litoral Sul da Paraíba. Ao chegar ao local, as equipes constataram que se tratava de um macho, recém-nascido, ainda com resquícios de cordão umbilical.
Imediatamente, as equipes do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho e da Área de Proteção-Ambiental (APA) da Barra do Rio Mamanguape e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) iniciaram os primeiros atendimentos e rapidamente o conduziram para o Centro Mamíferos Aquáticos (CMA) localizado na Ilha de Itamaracá, litoral norte de Pernambuco. O filhote tem aproximadamente 37 quilos e 1,30 metros e ficará sob os cuidados da equipe do CMA durante o processo de reabilitação que dura em média quatro anos.
“A principal causa de ameaça à espécie hoje são os encalhes de filhotes. Considerando que esses animais passam em torno de dois anos em processo de amamentação, eles são transferidos para uma unidade de reabilitação, que tem condições apropriadas para receber esses filhotes”, explica o pesquisador e médico veterinário João Carlos Gomes Borges, coordenador do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho.
Os encalhes podem acontecer por diversos motivos: Os animais podem estar doentes, intoxicados ou nadando em locais desconhecidos. Pode acontecer ainda de eles serem capturados acidentalmente em redes de pesca ou serem atropelados por embarcações.
O ICMBio orienta os banhistas para o caso de encontrarem algum peixe-boi-marinho encalhado: aproximar-se devagar e falar baixo para não assustar o filhote, observar se o animal está respirando e se mexendo, comunicar o fato às instituições ambientais, proteger o filhote do sol, molhar a pele sempre, tomando cuidado para não cobrir as narinas, afastar os curiosos, não devolver o animal ao mar e não o alimentar.
Na Paraíba, o contato pode ser com o Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho pelos telefones (83) 99961-1338, (83) 99961- 1352 (WhatsApp) e (79) 99130-0016. Se precisar de ajuda, a pessoa pode acionar também a Polícia Militar e o Corpo de Combeiros, pelo 190 e o 193 respectivamente.