Estudantes da UFPB fazem ato contra aumento da tarifa de ônibus e PM reage com violência

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Estudantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) fizeram uma mobilização na tarde desta terça-feira (7) contra o aumento da tarifa das passagens de ônibus de João Pessoa e acabaram sendo desmobilizados com violência pela Polícia Militar da Paraíba, que para tanto usou gás de pimenta e balas de borracha. A confusão aconteceu em frente ao Campus 1 da instituição.

O 5º Batalhão da PM informou por meio de nota que “as ações da PM ocorreram após manifestantes queimarem pneus e jogarem pedras e pneus nas próprias guarnições que faziam a segurança da manifestação”. A nota diz ainda que a corporação acompanhava a manifestação até os participantes começarem a bloquear as vias com os pneus.

O ato foi organizado pelo movimento Ocupa UFPB, que questiona a independência do Conselho de Mobilidade Urbana de João Pessoa para tratar da questão. Os estudantes alegam que a sociedade civil paraibana não tem voz no Conselho, que seria majoritariamente ocupado pela classe empresarial e por pessoas ligadas à gestão municipal.

“Era um protesto pacífico para pautar a revogação do aumento da tarifa dos ônibus”, declarou Rita Lira, estudante do mestrado em Geografia da UFPB e uma das lideranças do movimento.

Ela denuncia que os estudantes foram “agredidos pela polícia”, mesmo num momento em que já recuavam. A estudante explicou ainda que o movimento busca com vereadores da Câmara de João Pessoa a realização de uma audiência pública para discutir o aumento, que foi aprovado na sexta-feira (3) sem debates públicos prévios.

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Segundo relatos do estudante André Firmino, do curso de jornalismo da UFPB, os estudantes iniciaram o ato na Praça da Paz, nos Bancários. De lá eles foram em passeata em direção à Cidade Universitária, sendo acompanhados por um carro de som do movimento e por policiais militares que já estavam na área.

Em dado momento, nas proximidades do girador localizado próximo dos limites dos bairros dos Bancários com Cidade Universitária, estudantes tentaram usar pneus para fechar a via, quando a PM interviu com o uso do armamento não letal.

Depois da confusão, os estudantes foram para o interior do campus e iniciaram uma assembleia geral para pensar novas ações contra o aumento da passagem.

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