Enfermeira do ISEA presta boletim de ocorrência por assédio e ameaça por parte de médico da maternidade

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Em menos de um mês, o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA) volta a se envolver em mais uma polêmica. Desta vez, virou até caso de polícia. É que uma enfermeira do local prestou um Boleto de Ocorrência nesta quarta-feira, denunciando ter sofrido um possível assédio moral e ameaças vindas de um médico do Instituto.

Segundo consta no BO; a vítima foi agredida verbalmente. “ Após mais de 30 anos na área da enfermagem, pela primeira vez fui ASSEDIADA MORALMENTE, AMEAÇADA E COAGIDA no exercício de minhas funções por um médico do mesmo turno de trabalho, na sala de parto, na frente de colegas de trabalho e pacientes. Não consigo mensurar a vergonha que sinto perante os meus colegas pelo que aconteceu no dia de hoje, e pelo constrangimento que nunca pensei em passar.
Ao iniciar o plantão, após um procedimento simples e corriqueiro, assediada moralmente pelo médico de plantão.
Ameaçada de perseguição, coagida com o dedo em riste, constrangida na frente de pacientes e dos meus colegas de trabalho.
(Infelizmente não posso citar o nome por motivos judiciais).
Deixo claro que esse registro é apenas pra desabafar e encorajar colegas de trabalho que possa vir a passar por alguma situação semelhante.
Não desejo pra ninguém o sentimento que carrego dentro de mim nesse instante. Me sinto incapaz, pelas palavras a mim direcionadas, de fazer um procedimento por mais simples que seja.
Reafirmo que vou até a última instância daqui pra frente. Não me calarei diante do absurdo no que se diz respeito à punição do agressor. E, principalmente, por ser de um homem contra uma mulher numa clara demonstração de machismo/perseguição

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  • ao afirmar, em alto e bom som, que iria abrir os olhos pra tudo que eu venha a fazer. Numa clara demonstração de machismo/superioridade – ao afirmar, aos gritos e com o dedo em riste, que quem manda no plantão é ele.
    Dificilmente falaria dessa forma com um profissional do sexo masculino.

Por fim, reforço mais uma vez que esse relato é de total repúdio e de encorajamento a todos, principalmente as mulheres que também nascam/nassaram por algo assim.”

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