A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (16), a segunda fase da Operação Mercador Fenício, que investiga organizações criminosas especializadas no contrabando de cigarros e em lavagem de dinheiro.
A primeira etapa da operação aconteceu em 10 de novembro, quando foram cumpridos 60 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Agora, a 16ª Vara Federal da Paraíba expediu quatro mandados de busca e apreensão. Nas duas fases, houve sequestro de bens móveis e imóveis e bloqueio de valores na ordem de R$ 1 bilhão.
De acordo com a Polícia Federal, os alvos da Operação O Mercador Fenício praticavam crimes há aproximadamente 10 anos. A quadrilha se organizava em dois eixos: operacional e financeiro.
Os responsáveis pelo eixo operacional do esquema adquiriam os produtos no exterior e introduziam no Brasil de forma clandestina, além de realizar o transporte, armazenamento e distribuição em diversos pontos do território nacional a atacadistas e varejistas. Já os integrantes do eixo financeiro realizavam a lavagem de capitais e efetuavam a retirada do país dos recursos provenientes dos crimes de contrabando.
Ainda conforme divulgado pela Polícia Federal, com base em dados de empresas do setor de cigarros, o contrabando movimenta aproximadamente 50% do mercado no Brasil e, portanto, causa um grande prejuízo à sociedade devido ao não pagamento de impostos. A atividade ilícita também impossibilita uma maior geração de empregos.
Os investigados na Operação O Mercador Fenício poderão responder pelos crimes de contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa e evasão de divisas, os quais, somados, têm pena máxima de 29 anos de prisão.
A Operação Mercador Fenício conta com apoio da Receita Federal, do Fisco Estadual, da Polícia Civil e do Ministério Público Federal (MPF).