Mais de 10 toneladas de alimentos estragados foram apreendidos pela Vigilância Sanitária de João Pessoa na sede de uma cooperativa de alimentos investigada nesta quarta-feira (6), durante a Operação 5764, que apura supostos desvios de recursos destinados à alimentação de famílias carentes.
Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão e nove de busca e apreensão. Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), foram presos o presidente da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária na Paraíba (UNICAFES/PB), Jaciel Franklin, e o ex-gerente executivo das Casas de Economia Solidária, Marcelo Eleutério de Melo. Eles passaram por audiência de custódia por volta de 12h e tiveram as prisões mantidas.
Os galpões da cooperativa funcionam dentro da Empasa, no bairro do Cristo. “Durante a busca e apreensão, nós verificamos essa situação, destes gêneros alimentícios colocados dentro de uma câmara frigorífica, peixes com polpas de fruta, macaxeira, e a gente teve que acionar a vigilância sanitária para fazer a interdição do ambiente”, disse o promotor de Justiça Rafael Linhares.
Foram apreendidas cerca de cinco toneladas de batata doce, seis toneladas de peixe e uma tonelada de macaxeira, além de polpas de frutas. A suspeita da CGU é de que o material seria distribuído aos municípios e ao estado durante a Semana Santa.
“Os alimentos estavam vencidos e estragados, sem falar a forma de armazenamento, tudo errado. Alimentos com validade de setembro de 2020, uma coisa inacreditável. Estamos recolhendo todos os alimentos, notificando e pesando cada um e fazendo registro fotográfico. Em seguida eles vão ser levados para o aterro sanitário onde serão incinerados”, disse Alline Grisi, diretora de vigilância sanitária de João Pessoa.